quarta-feira, 21 de julho de 2010

Primeira tentativa

Eu estava assustada ainda. Eu ainda não a conhecia direito e já estava me sentindo 'prometida'.
Débora tinha um jeito de ser, uma ira com a família e uma eterna depressão...
E eu sempre aquela de 'bem com a vida', topando todas. Naquele momento, saindo de um relacionamento de muito tempo e me sentindo ainda perdida.
Quando me vi me envolvendo cada dia mais, ainda tentei evitar entrar de cabeça. Um novo compromisso? Depois de seis anos?
Mas também nunca fui de me podar de arriscar. E passional como sou, sempre deixei que rolasse paixões. Dessa forma, dei uma chance a nos duas. E senti que ela me faria bem.
E eu, a ela.
Mas eu precisei resolver umas pendências que logo se tornariam problemas.
Como conheci Débora já entre amigos, curtindo noitadas e barzinhos, ficamos primeiramente amigas.
E estávamos, as duas envolvidas com outras pessoas.
Costumamos dizer que não eram 'envolvidas', e sim de caso. 'Ficando" com alguém, sem grandes compromissos.
E dessa sai com muita dor de cabeça, e quase com um término que me impediria de ter o que contar dessa historinha dos mojos.
Depois de uma noite mal dormida, fui ao encontro de um amigo. Grande amigo. Embaixo de sua casa, ficava funcionando um barzinho, no qual gostávamos de nos encontrar para conversar.
Carlos me daria vários conselhos maravilhosos, e ficaríamos ali o resto da noite. E, ao anoitecer, o barzinho ficaria mais agitado e Débora logo apareceria para me deixar nervosa.
Passou de carro e olhou para o bar como se me procurasse. Ao me ver, apenas balançou a cabeça com uma leve tristeza no olhar.
Não hesitei e com um torpedo via celular, pedi que desse uma paradinha para conversar comigo.
E ela voltou.
Depois de conversamos, bêbadas os beijamos e fomos para a casa dela.
Ela chegou a me assustar com um pânico que teve dos relâmpagos. Sua mãe estava lá.
Aquela noite foi de lagrimas e de insônia ao lado dela.
Perguntei-me a noite toda porque não insisti em voltar para minha casa.

Com o tempo eu iria perceber que valeu a pena...

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